No dia 16 de dezembro último, realizou-se a cerimónia de entrega de prémios de mérito. Publicamos o discurso proferido, pela aluna n.º7, Maria Dias, turma A, 11.º ano.
Muito boa tarde!
Antes de mais, é uma honra enorme para mim poder falar-vos hoje, como representante dos alunos do ensino secundário e aproveito, desde já, para agradecer por me terem endereçado este convite.
Começo por saudar cordialmente o professor Óscar Rodrigues, diretor do agrupamento, bem como todos os membros da direção da escola. E não podendo nomear todos os professores, englobo nesta saudação todos os demais membros do corpo docente.
Saúdo também todos os funcionários da Escola Básica e Secundária de Terras de Bouro e, de igual forma, saúdo todos os familiares e encarregados de educação aqui presentes. Por fim, cumprimento os convidados que nos honram com a sua presença e os meus caros e caras colegas, a quem me dirijo agora:
Quando recebi o convite para vos dirigir um pequeno discurso, soube de imediato que não iria centrar-me unicamente em orientações motivacionais, e afirmar que os alunos são o futuro do país, a promessa do amanhã, e que está tudo nas suas mãos. E porque que o meu propósito não é transmitir mensagens dessa natureza, irei antes deixar-vos o meu testemunho enquanto uma de vós.
Confesso que, enquanto aluna, nunca fui muito estudiosa. Eu acredito que o mais importante na educação dos alunos é construir uma boa “base”. Quero com isto dizer que, por muito básicos que sejam os primeiros anos de ensino, é crucial que se esforcem desde o início e não deixem dúvidas por esclarecer, porque estas irão acumular-se ao longo do percurso, tornando o sucesso escolar mais difícil de alcançar. Depois de saber os básicos, basta relacioná-los e chegar a conclusões que se vão tornando mais complexas, embora não particularmente difíceis.
Para mim, os primeiros obstáculos começaram a surgir na mudança do ensino básico para o ensino secundário. Aqueles que já passaram por ela sabem melhor do que ninguém que, de facto, não podemos encarar a escola no 10º ano da mesma forma que encarávamos no 9º. Há agora uma responsabilidade acrescida, porque temos de estar de olho num certo objetivo e esforçar-nos ao máximo para o atingir. E muitas vezes os alunos sentem-se perdidos por não saberem ao certo qual é o objetivo deles, o que é que eles querem fazer para o resto da vida… Eu também ainda não tenho nada definido. No entanto, defini um objetivo. Tudo o que pretendo é conseguir uma média que me permita escolher qualquer curso que exista.
Pessoalmente, acredito que estes doze anos de aprendizagem são os melhores da nossa vida. Afinal de contas, a nossa única responsabilidade é ser bem-sucedidos na escola. Dou-vos o meu exemplo: eu sou uma adolescente normal; sou preguiçosa e adoro ter dias pouco ou nada produtivos, gosto de sair e de estar com amigos. E não digo que tenho sempre prazer em estudar, mas depois de um esforço inicial e de começar a obter os resultados pretendidos, não é difícil manter-me motivada para continuar a ter sucesso. Agora chego ao momento em que me torno num cliché, mas a verdade é que se eu consigo ser bem-sucedida, todos vocês conseguem, e basta que para isso se dediquem e não se esqueçam que o vosso futuro depende apenas de vocês.
Haveria muito mais a referir, mas não quero abusar da vossa paciência. Resta-me, então, desejar-vos boa sorte e muita força de vontade para alcançar os vossos objetivos! Muito obrigada.
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