segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Leituras à Solta com a crónica “Dos oito aos oitenta”

Hoje, foi lida aos alunos da turma A do 9.º ano a crónica “Dos oito aos oitenta”, que publicamos integralmente. Com a leitura desta crónica pretendeu-se, em diálogo com os alunos, mostrar-lhes como era o modelo de ensino da Escola do Estado Novo, nomeadamente a sua organização, os seus símbolos, os castigos corporais…
Entre 1948 e até 1974, o Ensino Primário Elementar era constituído por quatro classes e apenas terminava com a aprovação no exame da quarta classe. Este exame foi instituído como obrigatório em 1948 e apenas deixou de estar em vigor após 1974.
Entre os anos 40 e 50, apenas era obrigatória a frequência escolar até às três primeiras classes, terminando com um exame. Em 1956, os rapazes passaram a ser obrigados a frequentar os quatro anos de ensino e instituiu-se outro exame, o de quarto ano.
Em 1960 todos os alunos ficaram obrigados a frequentar os quatro anos de ensino primário, independentemente do sexo, passando apenas a existir um exame final para a conclusão do ensino elementar.
No final do quarto ano e, após o exame realizado, seria suposto que os alunos estivessem habilitados a ler, escrever e contar. Só depois do ensino elementar se seguia o ensino complementar - quinto e sexto anos -, mais restrito e seletivo.

Dos oito aos oitenta!

Lembro-me de ter frequentado o 1.º ciclo, o denominado ensino primário, no tempo do Estado Novo. Lembro-me das reguadas, dos “bolos”, das canas da índia, dos grandes ditados, das infindáveis cópias, das inúmeras chamadas orais sobre os nomes dos rios e serras de Portugal, sobre a tabuada, toda ela de cor. Tantas e tantas coisas que não desejo a ninguém!

Recordo-me que, no final do 1.º ciclo, tive de fazer o exame da 4ª classe na sede do concelho. A nossa professora, D. Filomena, que ainda é viva, pedia-nos que não a deixássemos ficar mal perante o júri. E para sermos bem-sucedidos, o seu zelo chegava ao ponto de nos dar aulas suplementares! Queria a aprovação de todos os seus alunos neste exame! Estava em jogo o seu prestígio e o seu trabalho. Nenhum de nós ousava desgostá-la, muito menos entristecê-la. Todos os seus alunos, sem exceção, tinham por ela o maior carinho e a maior admiração.

Lembro-me que maior parte dos pais dos meus colegas trabalhava na agricultura de sol a sol. Quase todos eram caseiros (rendeiros), analfabetos e não vinham à escola para saber do rendimento escolar dos seus educandos. Todos eram bons pais, mas não tinham tempo para acompanhar os filhos que mandavam para a escola descalços, pouco agasalhados e a tiritar de frio, com os estômagos vazios e as calças rotas e remendadas. 

Muitos dos meus colegas traziam para a Escola, apenas, uma sacola de pano onde um pedaço de lousa se misturava com as côdeas de pão de raro miolo onde despontava, às vezes, os primeiros sinais de bolor. Alguns destes meus colegas, fora da idade escolar, já com bigode frequentavam, ainda, a escolaridade obrigatória não por falta de capacidades, mas porque eram “roubados à escola” pelos pais, que precisavam deles para apascentar as vacas, as ovelhas e as cabras.

Às vezes, também eram imprescindíveis para guardar os seus irmãos mais novos e para segurar com mãos calosas a soga, à frente das juntas das vacas, nas intermináveis “lavoeiras”, principalmente durante os meses de Abril e Maio. Também eram necessários à frente das vacas para as infindáveis carretas de mato que desciam carpindo o Monte das Cadeiras.

Lembro-me de cantarmos o hino Nacional, vigiados pelas fotografias do professor Marcelo Caetano e do Almirante Américo Tomás.

Lembro-me de termos reduzido drasticamente o nosso espaço do recreio escolar que foi cavado e transformado em terra arável para receber uma horta. Nos intervalos brincávamos, mas não calcávamos os legumes com os quais a nossa professora, D. Filomena, fazia a sopa para a maior parte dos meus colegas pobres.

Lembro-me de que, nessa época, éramos todos solidários: preocupavámo-nos uns com os outros e ajudávamos os mais necessitados. Todos os pais e alunos respeitavam e adoravam a professora D. Filomena.

Foram tempos muito duros e difíceis: sem liberdade e sem pão, mas todos sobrevivemos. A maior parte, com apenas a quarta classe, deixou o nosso concelho e emigrou ou foi para as grandes cidades, nomeadamente para Lisboa, Porto e Braga. A maior parte triunfou na vida. Felizmente, nenhum deles trilhou caminhos de perdição, nomeadamente o do álcool e das drogas…

Quase todos tiveram de crescer rapidamente, pois começaram a trabalhar aos 11, 12 e 13 anos na indústria da restauração, a lavar pratos ou atrás de um balcão e tornaram-se empresários de sucesso. Alguns deles são uns verdadeiros exemplos para muitos de nós. Para além de honrados, estudaram e chegaram a fazer cursos superiores.

Na minha meninice, não ousávamos discutir as ordens dos nossos pais e da nossa professora. Também não discutíamos as regras e os valores. Aprendíamos coisas simples tais como “Bom dia”, 'obrigado', 'desculpe', com licença”, 'se faz favor'.

Hoje, temos condições ímpares para formarmos bons cidadãos. Mesmo condicionados pela “Troika” vivemos em democracia e, apesar dos magros recursos, temos uma organização política e social, incomparável com a do tempo do Estado Novo.

No entanto, fomos dos “oito para os oitenta”. De uma cultura de exigência militarista, hierarquizada, unidirecional, autoritária passamos para atitude laxista e desculpabilizadora. Desculpamos a indisciplina, a violência, a má educação, a falta de respeito. Muitos pais encorajam os filhos ao incumprimento das regras. Outros contestam-nas. Há pais que veem os professores não como os principais aliados na educação dos seus filhos, mas como incompetentes por não os saberem motivar, desculpabilizar e compreender.

Os pais destes meninos, que têm uma visão romântica da Escola e da Educação, são tudo menos educadores. Alguns habituaram-se a ir aos conselhos de turma dizer que os professores não ensinam e que os seus filhos são umas vítimas. “Os professores são todos iguais!” Alguns chegam a ter uma visão corporativista dos professores. Quando responsabilizados, por falta de bom senso, afirmam que os professores se unem com o fim de perseguirem os seus filhos.

De facto, o mundo de muitos dos nossos pais “está às avessas”, “de pernas para o ar”, pois não se pode ter uma visão romântica da Escola aceitando-se a indisciplina, a violência e a falta de respeito como naturais.

Se dermos razão aos pais românticos, a indisciplina e a violência escolares crescerão exponencialmente e poderão atingir dimensões difíceis de controlar. Se assim fosse, voltaríamos a passar “dos oito aos oitenta!”

Texto de José Guimarães Antunes publicado no Correio do Minho (9-02-20212)  


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Hora do conto: O Rapaz Milionário de David Walliams

Hoje, no âmbito da Hora do Conto, a professora Cândida Antunes leu aos alunos da turma A do 5.º ano da Escola Básica e Secundária de Terras de Bouro o livro “O Rapaz Milionário” de David Walliams.

No final da leitura e exploração desta história a professora deu a cada aluno um lápis “Eureka!” da Areal Editores.

A moral desta história é que não há dinheiro no Mundo que pague uma amizade. Recomenda-se aos pais a leitura de “O Rapaz Milionário” porque esta obra transmite-nos valores para os quais se deve educar os filhos.

Sinopse desta obra:
O Joe tem vários motivos para ser feliz. Milhões deles, até.
É que o Joe é muito, muito rico… Mas mesmo muito rico. Tem uma pista de Fórmula 1, um cinema em casa e um orangotango como mordomo! É o rapaz de 12 anos mais rico do país.
Sim, o Joe tem tudo com que sempre sonhou. Exceto uma coisa...
Um amigo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Dia de S. Valentim comemorado ao som da flauta de bisel

As turmas do 2.° Ciclo da Escola EB/S de Terras de Bouro e da Escola Básica de Rio Caldo, juntamente com a professora de Educação Musical, comemoraram o Dia de S. Valentim interpretando em flauta de bisel dois temas: "Love me do" dos Beatles e "One love" do Bob Marley.

Esta atividade foi realizada na Sala dos Professores das duas escolas. Na Escola EB/S de Terras de Bouro esta atividade foi repetida, no auditório da escola para o senhor Presidente da Câmara e para a senhora vereadora.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

A Árvore dos Afetos

Segunda-feira, 14 de fevereiro comemorou-se o Dia de São Valentim.
Para celebrar o dia de São Valentim, construiu-se na Escola Básica e Secundária de Terras de Bouro e na Escola Básica de Rio Caldo a “Árvore dos Afetos” com o contributo de todas as turmas do 2º e 3ºciclos. Foi uma atividade de articulação entre as disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento, Inglês e Educação Tecnológica. 
Os alunos compuseram mensagens alusivas aos afetos nas várias línguas que fazem parte do seu currículo escolar.
Na elaboração dos trabalhos foram utilizados materiais reciclados e outros com a possibilidade de reutilização futura, o que denota uma preocupação e consciência ambiental/ecológica.
Recordamos que a história do Dia de São Valentim remonta ao século III d.c. O Imperador romano Cláudio II proibiu os casamentos, pois acreditava que os combatentes solteiros tinham melhor desempenho nas batalhas.
Um bispo da época, chamado Valentim, desrespeitou este decreto imperial, realizando casamentos. O segredo foi descoberto e Valentim foi preso, torturado e condenado à morte.
Segunda a lenda, enquanto estava preso, Valentim teria ficado muito amigo da filha do carcereiro, que era cega e, por milagre, a moça ficara curada da cegueira.
Executado no dia 14 de fevereiro do ano de 269, a data deu origem ao dia dos namorados. Mas, antes de morrer, Valentim conseguiu enviar e receber algumas cartas ainda na cela, o que originou a troca de cartões, os chamados "valentines".
Diversos países do mundo, tal como Portugal, Espanha e Argentina, comemoram o Dia dos Namorados no Dia de São Valentim (Valentine's Day, em inglês).
Nesse dia, além da troca de presentes, os namorados costumam sair para jantar e preparar surpresas um para o outro.

Alunos do secundário organizam a exposição Blackout Poetry

No átrio da Escola EB/S de Terras de Bouro pode visitar uma exposição de trabalhos "Blackout Poetry" realizada pelos alunos do secundário. Esta data foi assinalada com uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos no âmbito da disciplina de Inglês em articulação com Cidadania e Desenvolvimento.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Com o tema–Aqu@EVida.TB, Agrupamento aprova candidatura

No âmbito do Alargamento da Rede de Clubes Ciência Viva na Escola, do Programa Impulso Jovens STEAM inserido no PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, foi aprovada a candidatura apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro, no valor de 10 000€.
O projeto desenvolver-se-á em torno do tema–Aqu@EVida.TB. Este é um tema que relaciona a água à energia e à vida e surge, pois, a escola insere-se num meio rural, perto da porta de Campo do Gerês, uma das portas do PNPG, rico em recursos naturais, nomeadamente hídricos. Explorar, interpretar, respeitar e valorizar o património hídrico local, fonte de vida e energia renovável, é fundamental para o desenvolvimento sustentável (social, económico e ambiental) e para a transição climática ao nível das energias renováveis.
Será um projeto pioneiro, inovador e globalizante no nosso Agrupamento, cujo principal objetivo será a criação de novos cenários de ensino e aprendizagem e a criação de dinâmicas de trabalho colaborativo entre alunos e docentes de diferentes ciclos, valorizando a educação inclusiva.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Tudo a postos para o Dia dos Namorados

Na Escola EB/S de Terras já está tudo a postos para o Dia dos Namorados, ou Dia de São Valentim, que se celebrará no próximo dia 14 de fevereiro.